Segundo o CID-11 (Classificação Internacional de Doenças-11), a dor crônica pós cirúrgica se desenvolve ou aumenta sua intensidade após um procedimento cirúrgico. Seus subdiagnósticos contemplam as cirurgias que mais frequentemente levam a esta forma de dor crônica. São eles:
Dor crônica que se desenvolve após amputação de um membro ou de língua, dente, genitália, olho ou até mesmo órgãos internos, como o reto. A dor pode ser localizada no coto ou ser projetada no membro amputado (dor fantasma)
Também chamada de síndrome da falha da cirurgia da coluna (em inglês, Failed Back Surgery Syndrome). Pode estar localizada ou no local onde a cirurgia aconteceu, na coluna, ou projetada em um membro (dor radicular). Em média, 20% dos pacientes que se submetem a cirurgia lombar desenvolve algum tipo de dor crônica, necessitando de outra cirugia, visitas médicas adicionais ou outras intervenções como neuromodulação para a dor. Cerca de 13% dos pacientes que se submetem a cirurgia para hérnia de disco lombar referem dor crônica severa após o procedimento. Um componente neuropático quase sempre está presente.
Ocorre em aproximadamente 50% dos pacientes que se submetem a uma toracotomia (abertura cirúrgica do tórax). A dor é localizada na cavidade torácica, geralmente próxima à área da cirurgia e da cicatriz. Em 45% dos casos, têm compenentes neuropáticos.
Se desenvolve após cirurgia para hérnia inguinal ou femoral. A incidência é entre 20 e 30% dos casos. Em 80% dos casos, a dor é neuropática.
Se desenvolve após remoção cirúrgica do útero ou anexos. Geralmente, trata-se de uma dor visceral pélvica, mas também pode ter características neuropáticas. A incidência vai de 5 a 32%.
Se desenvolve após cirurgia para substituição da articulação (joelho ou quadril). A dor é localizada na área da cirurgia e pode irradiar para áreas adjacentes. A prevalência está entre 27 a 38% para a substituição total do quadril e de 44 a 53% nas cirurgias de substituição total do joelho.
Todas as outras dores provocadas por procedimentos cirúrgicos e que não estão listadas nos subdiagnósticos acima são categorizadas no CID-11 neste subitem.
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